Visitantes é uma banda que fala de sentimento. De coisas simples que podem parecer até engraçadas à primeira vista. A gente não quer dar nenhuma lição de moral nem chorar pitangas: a Visitantes na verdade ama o mundo e só quer que alguém lá fora agradeça à nossa existência e pense: “poxa, eles são bons...”. (A gente já pensou isso assistindo shows de várias bandas, e muitas delas se perderam na memória; o único jeito que enxergamos de tirarmos o chapéu a elas é fazendo música, mesmo que daqui um tempo, a gente também acabe virando influência velada de mais uma banda independente.)
A idéia de tocar deu à luz a uma banda em 2001, batizada Wasted Nation [mistura de “Nation”, traduzido de Nação Zumbi, com “Wasted”, de uma música do Black Flag]. Nosso grunge meio hippie em português (sim, português) até que fez um barulho na cena underground paulistana. Gravamos dois CDs: Folclore da Nação Desperdiçada (2004, independente) e Tempos Difíceis (2006, selo Escárnio e Osso!, esgotado) – e participamos também da coletânea Sinfonia de Cães 2500 tons., com mais 19 pedradas do rock.BR independente.
A formação que constitui hoje os Visitantes se consolidou em 2004, com a chegada do guitarrista Sabão ao grupo, e ao longo de 3 anos – e passagens por inúmeros palcos, de locais em SP como Outs e Centro Cultural Vergueiro a festivais no Rio de Janeiro e em Cuiabá – fomos transformando nossa maneira de tocar, até sacarmos que estávamos totalmente em outra, batucando no backstage e fazendo piadinhas bobas enquanto nossos colegas de palco esfolavam furiosamente suas guitarras em amplis ligados no máximo. Eis que, em 29 de junho de 2007, a Wasted Nation fez seu derradeiro concerto, e em cima do palco do Outs, a banda renasceu: “De agora em diante, nós somos os VISITANTES!”.
Em 2007 partimos para um novo começo. Visitamos com nosso novo rock tropical diversas casas e cenas alternativas de SP, capital e interior; tocamos em Porto Velho/RO no Festival Casarão ano IX; e nos aventuramos em Brasília, na casa noturna Landscape Pub. Com a produção de Douglas Godoy, baterista de uma conhecida banda do meio-oeste brasileiro, uma nova coleção de canções está a caminho. São canções sobre a alegria com uma pitada de nostalgia, dedicadas sem dúvida aos amigos e amigas, e aos que acreditam em alguma coisa.
Cardelli, Dod’s, Thiaguim e Sabão – os Visitantes.
setembro de 2008
(fotos por Marcelo Parducci (pág. 01) e Marcelo Maffei (pág. 02))
CARDELLI – Guitarrista e vocalista
Taurino, nascido em 1984, acredita na banda desde os seus primórdios. Recém-formado em Audiovisual pela Escola de Comunicações e Artes da USP, é filho de músico e multi-instrumentista: além da Visitantes, já tocou baixo e bateria em diversas bandas autorais. É organizador do selo e coletivo Escárnio e Osso, que produz o Grito Rock São Paulo, e faz os clipes da Visitantes. Acredita que o rock pode ter sotaque brasileiro.
DOD’S – Baixista e backing vocal
Nascido em 1984, está também no Visitantes desde a sua origem em 2001. Atualmente cursa arquitetura na Escola da Cidade, arquitetando também boa parte dos arranjos da Visitantes. Gosta muito de Nirvana e dos primeiros discos do Red Hot Chili Pepper.
O lado ruivo da banda nasceu em 1983 e foi o último a se juntar à banda, em 2004. Companheiro desde os primórdios, não perdia um show da Wasted Nation. Cursa Língua e Literatura Russa na USP, para um dia escrever o primeiro rock em russo feito no Brasil. Vem da escola do punk e do death metal, mas anda curtindo um Jorge Ben.
O mais experiente dos Visitantes. Este canceriano arretado nascido em 1982 está desde seus 20 batucando com Fábio e Dod’s, e também é multi-músico: toca guitarra, baixo e canta na banda SomoS, outra banda do coletivo Escárnio e Osso. Curte o hino nacional e não tem preconceitos: Banda Calypso e Erasmo Carlos dividem sua disqueteira com Morphine e Cidadão Instigado.
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